O Brasil tem envelhecido rapidamente. Segundo a estatística, já tem 120 idosos para cada 100 crianças. De acordo com dados obtidos pelo IBGE, em 2006, a faixa etária de pessoas com mais de 60 anos que é conhecida tecnicamente por terceira idade, mas que o mercado está chamando de melhor idade, já representa cerca de 8,8% dos brasileiros, com previsão de que esse número chegue a 17% em 2030.
A queda combinada das taxas de fecundidade e mortalidade vem ocasionando essa mudança na estrutura etária, com a diminuição relativa da população mais jovem e o aumento proporcional dos idosos. O avanço da medicina e a melhoria da qualidade de vida fizeram com que a expectativa de vida do brasileiro chegasse aos 72 anos, avançando 17 anos desde 1960. Ainda estamos longe de países como o Japão, onde a expectativa é de 82 anos, porém um pouco melhores que os 67 da média mundial. Em 1980, a população brasileira dividia-se, igualmente, entre os que tinham acima ou abaixo de 20,2 anos. Em 2050, essa idade mediana será de exatos 40 anos. (IBGE. 2009).
A capacidade de compra mensal dos componentes deste grupo de consumidores ultrapassa R$ 7,5 bilhões (o dobro da média nacional), e são eles os responsáveis pela manutenção de 25% dos lares brasileiros, ou seja, 47 milhões de domicílios. Seguindo a isto, podemos acrescentar sua grande influência e sua formação de opinião. Tais números revelam a importância cada vez maior de investimentos no sentido de abranger negócios voltados para este público, diante de um mercado em franca expansão, devido ao crescente número de indivíduos aposentados, em relação àqueles em atividade. Também se tornam cada vez mais importantes as ações de mercado que envolva novos produtos ou adaptações para atingir essa parcela da população composta pela Terceira Idade.
O Brasil tem cerca de 13 milhões de pessoas com mais de 60 anos, que são responsáveis por um terço dos atendimentos de lesões traumáticas nos hospitais segundo o SUS – Sistema Único de Saúde. Aproximadamente 75% destas lesões acontecem nas próprias casas dos pacientes, em tombos que poderiam ser evitados num ambiente mais favorável, com um índice de melhoria da qualidade de vida bastante apreciável, já que 34% das quedas geram algum tipo de fratura, o trajeto quarto-banheiro principalmente à noite é considerado o de maior risco na moradia, pois se sabe que 46% das fraturas “domiciliares” são provenientes de acidentes ocorridos nesta situação. Com a observação das barreiras e riscos que o ambiente domiciliar apresenta procura-se obter através de adaptações uma casa funcional capaz de proporcionar segurança e melhor qualidade de vida.
Em Belo Horizonte pode-se ter a referência de que a população da terceira idade não habita em empreendimentos específicos, pois a oferta desse tipo de serviço é muito baixa. Porém, com o envelhecimento crescente da população, residências onde os idosos podem morar com a família ou sozinho, representarão uma demanda relativamente significável para os interesses econômicos da Recriar.
